domingo, 5 de setembro de 2010

eis que olhar já não era uma coisa aprendida e a medida que nos olhávamos a retina parecia mais pontiaguda, os braços meio que em alvoroço por horas pareciam querer desprender-se do corpo, mas não sabiam ao certo se desejavam abraça-lo ou correr espaldados por aquele centro de feriado. Era como se estar ali fosse fugir, sair correndo pelos corredores por onde uma luz tímida e ocre respingava dos vitrais, ou romper a rua e eriçar a cabeça em direção a garoa que escorregava por entre os prédios, abrir os braços e tocar com as pontas dos dedos toda extensão da rua. Mas era uma encruzinhada alí, traçada, óbvia, dura, um recesso pra esses dias quentes e secos, uma virada. Saí dalí entornando-me pelas esquinas enquanto o destino tracejava mais uma de suas rotas de fuga.

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