sexta-feira, 6 de agosto de 2010

eu esperava sim falei e fui configurando aquela cara de quem não foi pego no pinote e que ainda convence possuir certa inocência inesperada eu deveria era sair vivendo é perguntei e ele rasgou um canto de boca querendo dizer mas eu emergi em uma nuvem de inverno era pesado esse enlevo que cobria o pedaço de campo em que ele apoiado sobre os dois pés falava que era sim um mundo que aquela palma quente segurando a coxa tremendo era um indício talvez isso eu podia acreditar mas sob um olhar mais de movimento não havia nada que se movia dele pra mim era agitado demais pra expressar o desenho que aquela nuvem fazia no céu azul daquela tarde de inverno é mais pesado eu pensei e disse enquando sentia o queixo enrigessendo essa pedra fechando a última porta por onde pudesse sair algo que de mim certamente escorreria antes de chegar nele uma umidade escorrida de azulejo que a gente seca seca e continua lá quando não pude mais ouvi-lo ou quando senti a tarde baça eu até hoje não sei desviei pelo barranco e sumi no meio do campo.

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