terça-feira, 10 de agosto de 2010

me banho cheio de culpa perante as vestes que ainda não se entregaram ao sol,
ele coça a cabeça e agacha puxando as tiras dos sapatos.
Aquela pele de monsto, o cherio a me dar um reboliço no estômago.

Me espaldo no parapito de teus braços e é vertiginoso o embate
as saliências reptícias das tuas pernas, porque essa magraza tão exata a minha sede
se são terríveis as curvas a molhar teu ventre expaldado (?).

é bruto meu sexo, pedra raiz meio curva, centenária bica a verter o tempo;
e não vinhas tu mais a retirar de mim as águas porque?
até quando esse dar-lhe de beber assim a distância?

Que cólera bruta quando minha pele encontra a tua e verde se faz a memória;
entesado no caminho a paragem não se faz descanso pois é larga a vista,
poente esgaçado este do teu remanso

sobe agora amor e organiza a casa
banha tua alma triste e cansada
espera, que ainda chegarei com a vida.

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